quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Oitavo


A luz imortal da minha alma, agora apagada pelos ventos frios da solidão e do sofrimento pela qual é agora marcada e sentida, procura um fogaz vestigio do fogo com o qual um dia brilhou intensamente. Os danos da vida, do desgosto e da tristeza que agora atrozmente comprimem tamanha energia, foram um dia meras ideias da ideia de felicidade que um jovem rapaz tinha quando crescia alegremente nos braços de quem o amava. A derrota da inocência em prol do conhecimento da realidade do mundo feriu eternamente o coração que pulsava com toda a força sangue vital para todo um ser cuja energia excedia a sua própria capacidade de processar. Com tudo o que se passou, o livro que relata a minha existência é agora manchado com lágrimas que caiem impacientemente sobre as páginas que ainda faltam para ler. Às vezes, dá vontade de saltar para o fim do livro e ler o final. Mas parece que as páginas ainda estão em branco.

Sem comentários: