terça-feira, 17 de julho de 2007

Segundo

Nem sempre o caminho nos é apresentado de forma a nós vermos para onde vamos e nem sempre vamos para onde queremos. Só, como sempre, andava pelas ruas da minha cidade a pensar no que puderia ser, no que queria que fosse e no que realmente é. A amargura desses pensamentos assaltam qualquer um como que ladrões de sonhos que separam a nossa chama do nosso coração. O brilho da nossa alma reflectido nos nossos olhos, apagada pelo vento agreste da dura realidade que nos prende a um mundo tao cruel como doce, que nos coloca num paradoxo de vida tão complicado como a senda da compreensão de quem somos e porque aqui estamos. Ao longo da jornada que nos leva ao entendimento de nós próprios, há elementos que são importantes e que a mim me faltam como a Lua precisa do Sol para brilhar. Pareço preso num ponto em que para tras não é caminho e para frente a escuridão da insegurança não nos permite avançar. Uma insegurança causada por aquele pedaço de afecto que nos falta, aquele sentimento que alguém pensa em nós tão forte e desesperadamente como pensamos nessa pessoa. Mas eu continuo assim só! Por opção, talvez! Por rejeição, por vezes! Mas a razão principal é aquele pedaço de fogo que acende quando os olhos se cruzam pela primeira vez e que nos vicia e prende tal qual uma droga sem a qual o mundo parece não fazer mais sentido. Ainda não passei por isso... As dúvidas de que tal aconteça são cada vez maiores e as esperanças, tal como uma fruta reluzente ao Sol, apodrece levando a nossa alma e o fogo que acendeu a chama da nossa razão de viver...

1 comentário:

Minerva disse...

A esperança é sempre a última a morrer!

Ainda és tão novinho...